sábado, 22 de janeiro de 2011

Everest

Rotas de ascensão

Himalaia: detalhe das rotas de ascensão mais conhecidas do Everest.
O monte Everest tem duas rotas principais de ascensão, pelo cume sudeste no Nepal e pelo cume nordeste no Tibete, além de mais 13 outras rotas menos utilizadas. Das duas rotas principais a sudeste é a tecnicamente mais fácil e a mais frequentemente utilizada. Esta foi a rota utilizada por Edmund Hillary e Tenzing Norgay em 1953. Contudo, a escolha por esta rota foi mais por questões políticas do que por planejamento de percurso, quando a fronteira do Tibete foi fechada aos estrangeiros em 1949.

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Picos mais altos de cada um dos sete continentes Monte Everest - 8 844 m (Ásia)
Aconcágua - 6 962 m (América do Sul)
Monte McKinley (Denali) - 6 194 m (América do Norte)
Kilimanjaro - 5 892 m (África)
Monte Elbrus - 5 642 m (Europa)
Maciço Vinson - 4 892 m (Antártica)
Monte Kosciuszko - 2 228 m ou
Pirâmide Carstensz - 4 884 m (Oceania)
A maioria das tentativas é feita entre abril e maio antes do período das monções porque uma mudança na jet stream nesta época do ano reduz a velocidade média das rajadas de vento. Ainda que algumas vezes sejam feitas tentativas após o período da monções em setembro e outubro, o acúmulo de neve causado pelas monções torna a escalada ainda mais difícil.

[editar] Ascensões

[editar] Mallory e Irvine

A face norte do Everest, vista do caminho para o campo-base.
Desde 1921, diversas tentativas de escalada foram feitas. Em 6 de Junho de 1924, George Mallory e Andrew Irvine, ambos britânicos, fizeram uma tentativa de ascensão da qual jamais retornaram. Não se sabe se atingiram o pico e morreram na descida, ou se não chegaram até ele, já que o corpo de Mallory, encontrado em 1999, estava com objetos pessoais, mas sem a foto da esposa, que ele prometera deixar no pico. A primeira ascensão até o topo foi feita pela expedição anglo-neozelandesa em 1953, dirigida por John Hunt. O pico foi alcançado em 29 de Maio por Edmund Hillary e Tenzing Norgay.
Em 16 de Maio de 1975, Junko Tabei tornou-se a primeira mulher a alcançar o topo do Everest. A primeira ascensão sem oxigênio foi feita por Reinhold Messner e Peter Habeler em 1978. Em 1980, Reinhold Messner efetua a primeira ascensão solitária. Em 25 de Maio de 2001 Erik Weihenmayer tornou-se o primeiro alpinista cego a atingir o topo.

[editar] Desastre de 1996

Durante a temporada de escalada de 1996, dezenove pessoas morreram durante a tentativa de chegar ao cume, sendo o maior número de mortes em um único ano na história do Everest. 10 de maio deste ano foi o dia em que mais morreram pessoas na história da montanha. Uma tempestade impossibilitou muitos alpinistas, que estavam próximos ao cume (no escalão Hillary), de descer, matando oito. Entre aqueles que morreram estavam os experientes alpinistas Rob Hall e Scott Fischer, ambos liderando expedições pagas até o topo. O desastre ganhou grande publicidade, e levantou perguntas sobre a comercialização do Everest.
O jornalista Jon Krakauer, da revista Outside, era um dos clientes de Rob Hall, e em 1997 publicou o livro bestseller No Ar Rarefeito, que relata sua experiência na expedição de 1996.
O montanhista russo Anatoli Boukreev, guia contratado da expedição comercial da agência Mountain Madness, do americano Scott Fisher, publicou em 1997 o livro The climb (A Escalada), em que relata sua versão dos fatos do acidente em maio de 1996.

[editar] Estatísticas

Até o final de 2001, 1 491 pessoas conseguiram alcançar o topo, e delas 172 não retornaram da aventura. Muitas morreram de hipotermia. [carece de fontes?]

[editar] Cronologia

  • 1841: o coronel George Everest, topógrafo-geral na Índia, nomeia temporariamente a montanha como Pico XV.
  • 1852: cálculos da Great Trigonometrical Survey levam a concluir ser a montanha mais alta da Terra.
  • 1921: primeira expedição britânica para o Everest.
  • 1924: a 8 de junho, George Mallory e Andrew Irvine partem rumo ao pico e desaparecem na neblina. Nunca se soube se chegaram ao topo ou não.
  • 1953: na manhã de 29 de maio, o apicultor neozelandês Edmund Hillary e o sherpa Tenzing Norgay chegam ao cume.
  • 1975: Junko Tabei é a primeira mulher a escalar o Everest
  • 1995: Waldemar Niclevicz e Mozart Catão são os primeiros brasileiros a atingir o cume do Everest, às 11h22 do dia 14 de maio.[2]
  • 1996: maior número de alpinistas mortos num só ano: dezenove.
  • 1999: o corpo de Mallory é encontrado com objetos pessoais mas sem a foto da esposa, que prometera deixar no pico.
  • 1999: em 18 de Maio, João Garcia é o primeiro português a atingir o pico (e sem recursos a oxigénio suplementar), e pela Face norte. Durante a descida o seu colega de escalada e grande amigo, o belga Pascal Debrouwer, caiu numa ravina e faleceu, e João Garcia sofreu queimaduras no corpo. Foi internado num hospital de Saragoça, em Espanha, onde lhe amputaram alguns dedos das mãos e pés.
  • 2005: em junho, a dupla de amigos e alpinistas brasileiros Rodrigo Raineiri e Vitor Negrete, escalam o Monte Everest, porém Rodrigo chega a 8.200m (sem auxílio de oxigênio suplementar) e sabiamente retorna, já Vitor chega ao cume pela face norte (com auxílio de oxigênio), e encontra-se no cume com a dupla de brasileiros Waldemar Niclevicz e Gustavo Irivan Burda, que escalaram a montanha pela face sudeste (via clássica nepalesa);
  • 2006: em maio, Rodrigo Raineri sofre uma grande perda, seu melhor parceiro, e amigo por 18 anos,Vitor Negrete, faleceu na descida do Monte Everest, após ter atingido o cume sem o uso de oxigênio suplementar. Ana Elisa Boscarioli torna-se a primeira brasileira a escalar o Everest pela face sudeste (via clássica nepalesa).
  • 2008: em maio, os brasileiros Eduardo Keppke e Rodrigo Raineri (www.rodrigoraineri.com.br) conseguiram chegar ao topo do monte Everest.
  • 2010: em 17 de Maio, o português Ângelo Felgueiras tornou-se o segundo português a alcançar o cume do Everest.
  • 2010: em 22 de Maio, o norte-americano Jordan Romero aos 13 anos, é o mais jovem alpinista a chegar ao topo do Everest.
Panorama do monte Evereste  visto à partir do Planalto Tibetano.
Panorama do monte Evereste visto à partir do Planalto Tibetano.

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